A bateria sem cobalto para carros elétricos tem uma autonomia de 880
km.
É uma preocupação global a remoção do cobalto no desenvolvimento de baterias de
alto desempenho e torná-las mais acessíveis para veículos elétricos. Neste momento
desenvolvem-se esforços para reduzir a quantidade de cobalto utilizada, cujo uso é
mais do que questionável. O metal raro e a sua mineração estão associados a
conflitos armados e crises. Além disso, o cobalto é um dos componentes mais caros
de uma bateria para veículos elétricos. Nesse sentido, fabricantes de baterias,
como Panasonic e CATL, mas também fabricantes de automóveis, como a Tesla, procuram
formas de reduzir a proporção de cobalto utilizado nas baterias, ou até de poder
passar sem ele.
A agência noticiosa REUTERS, relata que o fabricante de baterias SVOLT da China
anunciou que fornecerá ao fabricante de veículos automóveis Great Wall Motor
baterias sem cobalto a partir de 2021. O fabricante chinês quer utilizar estas
baterias nos seus modelos premium.
A SVOLT apresentou pela primeira vez a sua bateria sem cobalto em maio de 2020.
Nessa ocasião foi referido que esta nova bateria deve proporcionar uma autonomia de
até 880 quilómetros com uma única carga. A vida útil da bateria foi estimada em 15
anos ou 1,2 milhão de quilómetros. Para aumentar o seu desempenho, a nova bateria
contém cerca de 75 por cento de níquel, 25 por cento de manganês e uma pequena
percentagem de outros metais. Esta bateria da SVOLT distingue-se assim das baterias
convencionais de níquel-cobalto-alumínio (NCA), baterias de níquel-cobalto-manganês
(NCM) ou baterias de lítio-ferro-fosfato. Refere ainda a Reuters, que a fabricante
chinesa de baterias planeia abrir uma fábrica na Europa. Vários locais estão neste
momento em análise, mas a SVOLT não refere mais detalhes.